4 de julho de 2012

No limite



Criando leis e promessas pra fugir de desejos incontroláveis
Burlando os sentimentos pra tentar reatar aquele ser que um dia existiu
Procurando faces, pra colocar no lugar da tristeza
Escondendo os olhos pra não mostrar a lágrima disposta a cair
E insistentemente acreditando numa possível mudança
Será que isso faz bem ?
Criando uma religião que fique longe de pedido suplicantes por felicidade
Fechando os olhos para todas as demonstrações de desprezo
O que querem de mim afinal?
Quero uma sinceridade ferina, uma palavra apenas e logo de uma vez!
Eu não acredito em mim e nem nas minhas promessas
Sei que a toda instante eu falho, e não consigo ir adiante
Sempre acabo tropeçando e caindo na tentação
Ridiculamente finjo que está normal
Quantas normalidades não é mesmo?
Eu suplico e choro por uma mudança, por que não vem?
Sinto uma certa repugnância por essa vida
Oh, não sou nem um tanto insolente
Quero uma luz, não é uma vida ? Por que não há luz? Luz em mim?
Estou no limite, me qualificando e desqualificando com o desprezo.

Direitos autorais reservados à : Hellen Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário